E, nesse novo cenário, dois elementos se destacam como protagonistas: os espaços de coworking e a inteligência artificial.

Enquanto a IA redefine tarefas, fluxos e decisões, o coworking transforma a forma como interagimos com o trabalho, promovendo mais flexibilidade, colaboração e acesso à inovação.

Mas será que essa combinação está realmente promovendo um salto de produtividade? Ou estamos apenas mascarando um novo tipo de sobrecarga?

Que tal mergulhar nas transformações em curso e mostrar como coworking e IA estão moldando o futuro do trabalho - com desafios, oportunidades e um novo conceito de eficiência.

O novo modelo de trabalho e a ascensão do coworking

O modelo tradicional de trabalho, centrado em escritórios fixos e horários rígidos, tem perdido espaço diante da crescente demanda por flexibilidade, autonomia e propósito.

Com o avanço da transformação digital, os profissionais passaram a buscar locais que oferecessem mais do que apenas uma mesa e conexão Wi-Fi.

Eles desejam experiências, comunidade e infraestrutura inteligente.

De acordo com a pesquisa Global Coworking Survey da Deskmag, existem hoje mais de 40 mil espaços de coworking no mundo, e o Brasil está entre os cinco países com maior crescimento.

Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba vivem um verdadeiro boom de escritórios compartilhados.

O que impulsiona esse movimento?

Redução de custos operacionais.

Ambiente favorável à inovação e networking.

Infraestrutura escalável, adaptável e digital.

Os coworkings se consolidam, assim, como ambientes que não apenas acomodam profissionais modernos, mas impulsionam novas formas de trabalhar.

 

Qual o papel da inteligência artificial nos espaços compartilhados?

A inteligência artificial, antes restrita a grandes empresas de tecnologia, está agora presente em soluções acessíveis e cotidianas - inclusive nos coworkings.

Esse novo cenário abre espaço para uma gestão mais eficiente, adaptada e preditiva.

Como a IA está sendo aplicada nos coworkings:

  • Agendamentos inteligentes: plataformas automatizadas que gerenciam o uso de salas, mesas e recursos de forma personalizada.
  • Assistentes virtuais: chatbots integrados ao WhatsApp, e-mail ou apps internos que resolvem dúvidas, registram demandas e otimizam o atendimento.
  • Sensores conectados à IA: monitoram iluminação, consumo de energia, temperatura e ocupação em tempo real, ajustando o ambiente conforme padrões de uso.
  • Reconhecimento facial e biometria: segurança inteligente integrada ao acesso físico aos espaços.
  • Analytics preditivo: análise de comportamento dos usuários para melhorar layout, ofertas e a própria arquitetura dos ambientes.
  • Nesse contexto, o coworking se transforma em um organismo vivo, capaz de aprender com seus usuários e evoluir constantemente.